おほもと Oomoto
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Ensinamento e Escritas Sagradas

Curso para Novos Adeptos


Existe de fato o rio dos Três Infernos (Nº 13)

-– O mundo que nos espera após a morte –

Viagem ao mundo espiritual

Após a desencarnação, que percurso a alma faz para chegar ao mundo espiritual? Neste capítulo, vou me centralizar neste tema.

O ensinamento nos mostra que existe um padrão para cada um dos três destinos da viagem ao mundo espiritual, indicados a seguir:

  1. Direto para o paraíso.
  2. Direto para o inferno.
  3. Temporariamente para o mundo intermediário

O primeiro mostra o padrão da pessoa que é encaminhada direto ao paraíso. Esse é o caso de alguém que praticou incontáveis atos bons e virtudes nesta vida real, trabalhando em prol do mundo, da humanidade e de Deus; logo após a desencarnação, imediatamente é levado rumo ao paraíso como se estivesse sendo sugada pela cabeça.

O segundo tipo é o da pessoa que vai direto ao inferno. É aquela que viveu neste mundo material com o espírito egoísta, num lugar onde o mais forte vence e onde prevalece apenas o próprio bem estar, não importando se os outros tombaram ou caíram – logo após a desencarnação, ela é arrastada pela ponta dos pés como se estivesse sendo puxada, dirigindo-se ao inferno.

Porém, quem vai direto ao paraíso ou ao inferno teria de ser extremamente bom ou mau, o que é uma raridade. Para nós, mortais normais, o padrão mais comum é: ao desencarnar, sua alma se desprende do corpo, flutua no ar, depois pousa no chão e, após contemplar o próprio cadáver, caminha para uma jornada ao mundo espiritual. Ali, o que ela vê depende do seu pensamento, do seu universo interior, em outras palavras, do seu desenvolvimento espiritual. Deparar com um campo de flores, ver pradarias ou percorrer um subsolo escuro como se estivesse atravessando um túnel. São variações visuais decorrentes dessa espiritualidade individual. Em geral, os relatos de viventes que passaram por essas experiências resumem-se até esse estágio e contêm poucas informações porque tais indivíduos nem alcançaram a entrada do portão do amplo e infinito mundo espiritual.


O rio dos Três Infernos

A maioria das almas dos mortos, mesmo que tenham tomado trajetos diferentes, no final elas chegam a algum lugar parecido, conforme sua percepção visual: algumas vêem rios, outras encontram um oceano ou uma vala estreita, mas todas são unânimes em mencionar um lugar em que há água. Este é o rio dos Três Infernos, narrado desde os tempos antigos. Num primeiro momento, parece-nos uma mera superstição, mas segundo os ensinamentos, ele existe realmente. Atualmente, muitos daqueles que voltaram da morte viram esse rio. Acompanhe alguns depoimentos:

– Passei pelo campo de flores e quando cheguei até a um rio, apareceu um antepassado que me disse: “Você não deve vir ainda, volte logo!” Enquanto retornava, despertei.

– Atravessei um longo túnel e de repente deparei-me com o mar. Aí surgiu um majestoso deus de cabelos brancos que me disse para regressar, e, ao virar-me, recobrei a consciência.

Hoje são tantos testemunhos como estes que não damos mais conta em relatá-los.

Mas afinal, que tipo de lugar é esse, o rio dos Três Infernos? O santo mestre afirma que ele é a fronteira do mundo real com o mundo espiritual sendo que o lugar anterior à travessia do rio possui ainda características materiais; do outro lado do rio encontra-se o verdadeiro mundo espiritual. Referente ao rio dos Três Infernos, o santo mestre nos explica com mais detalhes no seguinte cântico missionário:

O rio dos Três Infernos / caminho para os mundos celestial, real ou espiritual.
O foro de todas as almas / define seus destinos.
Planície do Rio Yashio ou Rio Jordão, lugar sagrado, é aclamada.
Com a chegada da alma do mal / a guardiã do rio transforma-se,
como megera, arranca suas vestes / expulsa-a nua ou para o inferno,
ou para o mundo das trevas. Com a vinda da alma do bem,
de imediato, a guardiã torna-se bela / dizendo palavras amáveis,
livra suas vestes usadas / cobre-a com roupas de gala,
para o paraíso de Takaamahara / concede-lhe o passaporte.
À alma de conduta indefinível / manda-a de volta para este mundo.
Sem cessar, de manhã e de noite / como a correnteza do rio, que muda continuamente,
O julgamento da guardiã sempre varia / num eterno ciclo.
Distinguir o bem do mal, o bom do mau. Eis a linha divisória do rio destinada às almas.

É essencial a presença da guardiã na figura de uma anciã no rio dos Três Infernos. Para a pessoa boa, a guardiã, muito formosa, recepciona-a oferecendo-lhe roupas elegantes; para a má, ela transfigura-se numa megera que arranca suas vestes; daquela que não se pode distinguir se é do bem ou se é do mal, a guardiã retorna à sua forma de anciã e manda-a de volta a este mundo. Porém, a explicação segue com uma observação:

“Tenha em mente a metáfora dessa história, mencionada de forma pitoresca.”

Vemos que, está sendo demonstrado um aspecto alegórico do rio para a nossa compreensão; em vista disso, é muito importante entendermos o sentido da citação “ter em mente a metáfora”.

No entanto, seja como for, as boas ou más ações praticadas durante nossas vidas terrenas fazem a diferença em nossas travessias; isto sim, parece ser verdadeiro. E com certeza, para os indivíduos mais virtuosos, as travessias serão mais amenas; para os mais maldosos, mais sofridos.


No mundo intermediário

Sendo assim, aquela que atravessou o rio dos Três Infernos sem complicação merece o paraíso, e a outra que sofreu, terá como destino o inferno? Isto é muito preocupante.

Todavia, tranqüilizem-se. A outra margem do rio dos Três Infernos ainda não é o paraíso, nem o inferno, e sim um local intermédio chamado de mundo intermediário (no xintoísmo denomina-se amanoyachimata, no budismo de rokudônotsuji e no cristianismo de mundo dos espíritos). Esse lugar, exceto para as pessoas que vão direto ao paraíso ou ao inferno, é onde o espírito permanece temporariamente para o julgamento da sua conduta durante a sua vida terrena, e, dependendo das circunstâncias, por um determinado período também será o lugar para terminar a provação que deixou de executar na vida real. Conforme “Contos do Mundo Espiritual” (Reikaimonogatari), no posto de inspeção do mundo intermediário ficam dois guardas, um com o semblante avermelhado, e o outro, branco. Eles averiguam cada espírito que atravessa. Além do mais, o guarda tem o livro de registros de pessoas ou as anotações de suas vidas. Seus dados minuciosos são de espantar qualquer um. A essa altura, com tantas passagens a que foi submetida, a aparência externa mantida pelo espírito desfaz-se automaticamente restando apenas sue interior transparente, o que impede qualquer tipo de falsidade. Neste aspecto, este é um lugar muito assustador.


Estágio Externo, interno e preparatório

Explicarei de maneira simples a questão comentada anteriormente sobre o exterior e o interior de um indivíduo. O exterior é tudo o que nossas mãos tocam e o que nossos olhos e ouvidos captam, revelando nossas expressões faciais, nossas articulações da linguagem e nossos movimentos corporais. Já o interior, ao contrário, não pode ser visto, ouvido ou sentido pelos outros, pois abrange o anseio e o pensamento de um ser humano.

Em geral, a vida deste mundo baseia-se nas aparências. Quando raciocinamos algo e agimos, na maioria das vezes somos influenciados pelo que é visível, audível e palpável. Ao julgar alguém, falamos que tal pessoa é “delicada” ou “atemorizante” porque analisamos as expressões faciais ou a sonorização da linguagem. Como o ser humano possui corpo, aparentemente ele poderá camuflar o seu sentimento. Mesmo quando nos relacionamos com alguém indesejável ou incompatível, cumprimentamos com palavras e gestos cordiais. A esta sociabilidade chamamos de conduta superficial (baseado nas aparências).

A maior parte das várias décadas vividas pelo homem neste mundo resume-se em manter as aparências. Em conseqüência disso, não é fácil abandonar tais hábitos, mesmo estando no mundo espiritual. Por isso, no início, muitos espíritos que ingressaram no mundo intermediário permanecem com os mesmos costumes que tinham no mundo material. Este período momentâneo no mundo intermediário chama-se “estágio externo”. No entanto, o mundo espiritual é o universo de anseio e pensamento, por isso a forma externa vai se desfazendo aos poucos. Desfeita a parte externa, o que resta é a sua interna. Assim, após a remoção completa do corpo externo, o espírito mostra a sua real face, passando para o chamado “estágio interno”. Nesse estágio de total transparência, a alma mostra-se como é de fato. Se o seu anseio e pensamento forem belos e puros, ela ganhará naturalmente uma silhueta bela e sublime; se forem cobertos de impurezas, sua figura tornar-se-á medonha.

Dessa maneira, o estágio interno indica o mundo ao qual estará destinado esse espírito. Particularmente, Deus dará um período para a aprendizagem de noções da vida celestial àquele espírito com permissão para ir ao paraíso. Nesse momento ele vai para o “estágio preparatório”. Obviamente não existe o estágio preparatório para os espíritos que irão ao inferno ou que renascerão neste mundo.

Mesmo assim, não é aconselhável fazer os preparativos para ir ao paraíso quando chegar ao mundo intermediário. O ser humano terá de se preparar para ser habitante celestial durante esta vida terrena.


A existência do mundo espiritual (Nº 14) – Parte I

– O critério do bem e do mal –

Visto aos olhos de Deus

No capítulo anterior, falei do mundo intermediário, o lugar onde as almas vão após a morte. O santo mestre descreve o mundo intermediário como o local onde inicialmente ocorrem a reunião da maioria dos mortos e a avaliação de seus atos (bons e maus). O número de almas concentradas ali é muito elevado. É como se o mundo intermediário fosse uma introdução para podermos compreender o mundo espiritual, uma vez que a explicação minuciosa do paraíso é dada pelos anjos. Portanto, é nesta vida terrena que temos de aprender tudo sobre o mundo intermediário. Por isso vou centralizar este capítulo neste tema.

O espetáculo do mundo intermediário

Primeiro, vou falar quais aspectos se desenrolam durante o trajeto ao mundo intermediário, após a desencarnação. O santo mestre nos demonstra que existem oito direções: leste, oeste, sul, norte, noroeste, sudoeste, sudeste e nordeste – são os caminhos que dão acesso ao mundo intermediário; os detalhes da evolução de cada caminho são explicados nos “Contos do Mundo Espiritual”, volume 48, capítulo 7 (Reikaimonogatari). A passagem do rio dos Três Infernos que falei anteriormente está na direção leste, e os que transitam ali são espíritos razoavelmente bons. As almas que vão por outros caminhos chegam a escalar uma montanha de espadas que parecem agulhas; outras atravessam uma ponte fria de gelo ou passam por labaredas que as queimam. Seja como for, sentem um imenso sofrimento. No entanto, tais sensações são completamente diferentes conforme o bom ou o mau desempenho dos espíritos, como mostra o conto a seguir:

“A alma do bem faz a travessia como se estivesse viajando serenamente pelo campo primavero-outonal sem nenhum sofrimento, nãos e importando com qual caminho tomado. Essa capacidade de transitar sem dificuldade no mundo espiritual foi possível devido às virtudes de amor, bondade e fé cultuadas durante a vida terrena” (Contos do Mundo Espiritual, volume 48, capítulo 7).

É espantoso saber que as conseqüências dos atos benévolos e malévolos praticados na vida terrena aparecem nesse lugar. Enfim, que cenário nos espera quando chegarmos no mundo intermediário? Acompanhemos novamente os trechos das explicações do santo mestre:

“O mundo intermediário localiza-se entre montanhas e rochas, assemelha-se muito a um desfiladeiro íngreme. São lugares bastante sinuosos, uns com altitudes extremamente elevadas e depressões de terrenos. Às vezes correm grandes rios, outras vezes encontram-se vales profundos ou planícies, desenrolando-se toda diversidade de aspectos” (Contos do Mundo Espiritual, volume 47, capítulo 8).

Se comparado ao nosso mundo, seria uma colina com muitos relevos, cercada de rochas e montanhas. Seu aspecto é tão semelhante ao mundo material que muitos espíritos não se dão por mortos e agem como se vivessem ainda no mundo real.
O general Katahiko, um bramanista que aparece nos contos do mundo espiritual, é um dos exemplos. No posto de inspeção de Yachimata, ao ser advertido pelo guarda de que estava no mundo espiritual, ficou retrucando com ele:
– Não vi nenhuma diferença, as árvores, as ruas, os pequenos açudes e rios continuam os mesmos. Até encontrei várias pessoas no caminho. Não me venha com tais afirmações para me ameaçar, eu, general Katahiko, jamais serei zombado!
De qualquer forma, parece não existir muitas diferenças físicas entre o mundo intermediário e o material, portanto convenhamos não fazer confusão quando formos lá.

O guarda do mundo intermediário (Yachimata)

– Quando chegar ao mundo intermediário, devo procurar o quanto antes o caminho para o paraíso.
Esse é o comportamento comum de todos. Entretanto, as coisas não acontecem tão facilmente. O caminho para o paraíso é visível somente ao espírito merecedor; e da mesma maneira, o caminho do inferno é destinado apenas ao espírito cujo pensamento possui afinidade com o mundo infernal. O santo mestre nos explica da seguinte maneira:

“Os caminhos que levam aos vários grupos de Takaamahara não são localizados com facilidade. Suas passagens são como um fio de veredas e estão protegidas por guardas. As entradas são vistas somente por quem possui qualificações para ser um habitante celestial e concluiu os preparativos para ingressar no Takaamahara. Portanto, é impossível os espíritos vagantes e os destinados ao inferno descobri-las” (Contos do Mundo Espiritual, volume 47, capítulo 8).
As entradas que levam ao mundo das trevas abrem somente aos espíritos para esse grau, de tal maneira que são invisíveis aos demais. Suas entradas estão rigorosamente vigiadas pelos guardas, não permitindo indiscriminadamente o vaivém dos humanos” (Contos do Mundo Espiritual, volume 47, capítulo 8).

A dificuldade está em encontrar os acessos tanto para o paraíso, quanto para o inferno, e mesmo que os localizem, existem sentinelas que controlam seus ingressos. Logo, ir ao paraíso por conta própria ou cair no inferno por engano são coisas que nunca acontecerão. Isso porque, primeiro, há a avaliação da alma para definir se ela vai ao paraíso, ou ao inferno, ou até mesmo voltar ao mundo real. Tal avaliação é realizada pelos agentes designados pelo Deus de purificação (Ibukidonushinokami).
Ao chegar ao mundo intermediário, avista-se o posto de inspeção, vigiado por dois guardas: um possui o semblante vermelho, e o outro, branco. Essa explicação é relatada da seguinte forma nos Contos do Mundo Espiritual:

“Para começar, o posto de inspeção de Yachimata possui duas funções – averiguar os humanos que irão ao paraíso e os que cairão no inferno. O humano qualificado para o paraíso é examinado pelo guarda gentil, de feição branca; aquele destinado para o inferno é analisado pelo guarda de semblante pavoroso e vermelho” (Contos do Mundo Espiritual, volume 47, capítulo 10).

Por qual dos guardas seremos analisados no mundo intermediário, pelo vermelho ou pelo branco? Esse é o grande momento que compromete nosso posterior destino. Desejaríamos ser examinados pelo guarda de semblante branco, fato que depende apenas de nossas ações praticadas na vida terrena. Sendo assim, o espírito que for revistado pelo guarda de feição vermelha estaria condenado ao inferno? Isso é muito preocupante, mas às vezes nem sempre acontece assim. Vejamos mais um trecho do mesmo conto:

O interrogatório no mundo espiritual

Certa vez um missionário brâmane, chamado Harris, foi parado pelo guarda vermelho no posto de inspeção, no mundo intermediário. Harris comportava-se como se ainda vivesse no mundo real, atravessou o posto de inspeção à força e somente se deu conta de estar no mundo espiritual quando foi repreendido pelo guarda vermelho, recebendo dele uma série de censuras:
– És um hipócrita! Tinhas uma missão de anunciar e de transmitir o Evangelho aos povos da Terra, para eles poderem gozar no paraíso. No entanto não acreditas em Deus e nem na existência do mundo espiritual, e essa sua incredulidade podes levar muitos homens ao mundo intermediário ou até ao inferno.
O interrogatório insistente do guarda deixou Harris atônito, ele se preparava para ser condenado a ir para o inferno. Todavia o guarda vermelho anunciou outra sentença:
– Por ser missionário cometestes um grande pecado em deixar muitas ovelhas perdidas. Mas por outro lado, mesmo insuficientemente, tens transmitido a existência de Deus aos ateus. Por esse mérito, absolvo-te da punição de permanecer no inferno.
E assim, ordenou-o a praticar ascese durante trinta dias no mundo intermediário. Harris arrependeu-se do erro cometido na vida terrena e deixou o posto de inspeção agradecendo ao guarda vermelho.
Chama a atenção o missionário receber o perdão de uma grande culpa, por ter transmitido, mesmo que de forma vaga, a existência de Deus às pessoas. Na verdade, é da vontade Suprema resgatar o maior número de espíritos e destiná-los ao paraíso. Tanto que, a finalidade do interrogatório no posto de inspeção não é apenas castigar os maus, mas também é essencialmente permitir-lhes a salvação.
Em “Contos do Mundo Espiritual” aparecem outros espíritos que transitam no posto de inspeção de Yachimata. Devido ao limite desta coluna, descreverei apenas mais uma passagem deles:
O gerente de uma casa de tecidos, chamado Toku, e sua amante Kanae chegam ao posto de inspeção do mundo intermediário. Ambos vieram ao mundo espiritual após cometerem o pacto suicida. A Kanae está sendo severamente repreendida pelo guarda vermelho devido ao comportamento levado em sua vida, explorando muitos homens. Seu pecado parece estar-lhe pesando muito. Por outro lado, Toku é um homem relativamente honesto, mas alterou o livro de contas da loja de tecidos e desviou várias vezes o dinheiro para entregar-se à libertinagem com a Kanae. O guarda pergunta-lhe detalhes como quanto de ordenado ele recebia e quanto gastava nos encontros com a Kanae. As descrições que constam no livro de anotações ou de registro do guarda são tão minuciosas que ele sabe quando e quanto de dinheiro foi desviado, quantos encontros houve por mês, etc. Diante das evidências e devido às advertências recebidas, na ânsia de escapar da agonia, Toku tenta livrar-se da culpa argumentando com o guarda que existem outros muito piores do que ele, e que a censura deveria ser dirigida a estes.
O guarda vermelho repreende-o com mais severidade, dizendo:
– Não diga tolices! O tribunal do mundo espiritual é diferente do mundo real. Aqui não pode haver contradição no julgamento, aquele que roubar uma migalha, ou um centavo, ou mesmo apenas um fio de cabelo será considerado ladrão.

Vemos com clareza como as regras são imparciais e rigorosas no mundo espiritual. Por mais surpreendente que pareça, muitas coisas que não valorizamos no cotidiano, ali serão consideradas faltas graves. Se todas as nossas atitudes ficam anotadas no registro de Yachimata, não podemos passar os dias em vão.
“Sempre se empenhe com seriedade” (“Os princípios da vida”).
Com essas palavras do santo mestre, mais uma vez percebemos a importância de seus ensinamentos.


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