A Mongólia... A viagem para Mongólia... Aconteceram tantas coisas durante essa viagem que nem parece que passamos 8 dias naquele país que até então era desconhecido e misterioso para mim. Até um tanto quanto exótico.
Sinto cometendo um pecado sem tamanho, um verdadeiro sacrilégio resumindo essa incrível viagem em algumas palavras. Chega a ser muito difícil selecionar o que foi mais especial, o que mais marcou, já que esses 8 dias pareceram meses para mim.
Até agora não tenho muita certeza do por que eu fui à Mongólia. De acordo com a Quinta Guia Espiritual da Oomoto, o convite dela partiu com o intuito de eu representar o Brasil, já que as atividades missionárias no Brasil e na Mongólia, possuem a mesma idade.
Ouvindo isso da Mestra Kurenai Deguchi, senti que era uma imensa responsabilidade e uma grande honra a qual não me sentia no direito de tê-la só para mim. Por isso levei comigo a camiseta na qual muitos oomotanos brasileiros me escreveram alegres mensagens de perseverança e motivação.
Levando a camiseta para Mongólia sentia que todos os brasileiros, autores das mensagens, estavam comigo partilhando dessa honra, daquele momento único e especial.
No dia da missa de inauguração do novo prédio do Jinrui Aizenkai, não participei de fato da cerimônia religiosa, mas ajudei em outras funções. Mesmo não assistindo toda a missa, era possível perceber que a cada instante tudo ficava mais limpo, mais claro, mais leve, ao contrário do dia anterior em que tudo ainda estava meio obscuro, nublado.
Parecia mágica. A cada quarto, a cada sala que era purificada, parecia que o país todo se limpava mais e mais e tudo ficava ainda mais alegre. Terminando toda a cerimônia pensei comigo: “Acho que conseguimos! Graças a Deus.”.
Muitos fatos me marcaram e me emocionaram nessa viagem, às vezes me segurava para não chorar, não desabar em lágrimas.
Não posso deixar de mencionar os rostos felizes das crianças nos recepcionando nos lugares onde entregamos cadernos, lápis, caneta e brinquedos, como em escolas, orfanatos; as atividades que nos eram especialmente preparadas, como danças, músicas; o que nos ofereciam como forma de agradecimento, mesmo não tendo muitas condições, como chá quente, doces, comida, água; de todos acenando para nós até sumirmos de vista...
Não posso deixar de mencionar a união de todos que foram. Se juntando e se ajudando mutuamente para um único objetivo. Dos jovens superando o cansaço físico, a barreira da língua, na tentativa de fazer o melhor, de ajudar o próximo, de brincar, de reservar um pouco do seu tempo para dar atenção a uma criança, que simplesmente pedia isso.
Vendo tudo isso, relembrando desses fatos, sinto que todos os esforços valeram muito a pena, que todas as dificuldades foram insignificantes diante de tamanha recompensa e que de agora em diante, não sei bem o que, mas muitos fatos bons aconteceram pelo mundo. É parece que conseguimos mesmo de fato!
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